Jogar mal não é novidade. Vanderlei Luxemburgo caiu (também) por conta do mau desempenho do time. Adaptação ao novo treinador, idem. Até a escalação conservadora de Joel Santana num épico contra o Madureira era algo previsível (ou alguém acha mesmo que Mr Prancheta abdicará de volantes e apostará mais no ataque do que na defesa em sua quinta passagem pela Gávea?). Tudo dentro dos conformes, inclusive o resultado final: Flamengo 1 a 0, gol contra (mas contra mesmo) de Thiago Medeiros. O que não deve ser visto com conformismo, seja lá em qual for o momento, é a inconstância (procuro ser educado) de Ronaldinho Gaúcho em mais uma partida pelo Flamengo.
Vou ignorar o pênalti que ele perdeu, ao chutar a bola na lua e depois sorrir, constrangido, assim espero. Mas, venhamos e convenhamos, contra o Botafogo, o figurão de R$ 1,2 milhão mensais não havia jogado nada. Ontem, contra o Madureira, com quase R$ 4 milhões depositado na sua conta, jogou menos ainda.
Foi o quarto jogo oficial de RG na temporada. O único no qual foi notado foi na volta contra o Real Potosí, horas depois de a demissão de Vanderlei Luxemburgo ter sido anunciada e confirmada 24 horas depois. Pouco, quase nada. Ronaldinho Gaúcho parece acomodado com o poder que a direção do Flamengo lhe concedeu.
O Flamengo aposta e deposita cada vez mais suas fichas em Ronaldinho Gaúcho. E, a cada dia que passa, ele justifica menos essa expectativa. Não adianta RG jogar para galera e dizer que Flamengo é Flamengo. Todo mundo sabe. Mas Ronaldinho Gaúcho também deveria ser Ronaldinho Gaúcho. E não será um ou duas atuações que mudarão a opinião de que pede maior comprometimento do camisa 10. O rubro-negro quer um ídolo por inteiro, nunca um personagem que vive de “aparições” de vez em quando.
Lédio Carmona

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