Maracanã em ruínas (está em obras para a Copa) não foi capaz de destruir uma história que teve seu capítulo principal em 6 de dezembro de 2009. Naquele dia, o jogador que quando criança mergulhava em um poço de Juazeiro, no Ceará, para buscar água, bebeu da fonte de ser um herói. Autor do gol do hexacampeonato brasileiro do Flamengo, Ronaldo Angelim, hoje com 36 anos, voltou ao palco que o consagrou. O zagueiro esteve no estádio nesta quarta-feira. Angelim trocou as chuteiras por botas e um capacete. Na cabeça, passou um filme que vale a pena ver de novo. De saída do Rubro-Negro depois de seis anos de amor e serviços prestados, o camisa 4 não conteve as lágrimas. Chorou. Questionado se não levaria uma recordação, disse:
- Estou levando comigo. Está aqui (apontou para a cabeça).
- Não tenho dúvidas de que aquele foi o jogo mais emocionante da minha carreira. E agora estou aqui... Emociona porque o gol foi importante e tirou o Flamengo da fila depois de 17 anos. E por eu ser flamenguista também, né? Todos esperavam que Adriano, Pet e Zé Roberto, nossos homens de frente, decidissem. Acabou que fui eu – recordou Angelim, sem conter as lágrimas.
Humilde ao extremo, Angelim abraçou operários da obra do Maracanã. Deu autógrafos. Ficou meio perdido em meio aos montes de terras e entulhos. Disse que por ele seguiria no Flamengo até morrer. Não foi possível.
Globo esporte


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