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| Aos 33 anos, Vélber ainda sonha com nova chance em grande clube (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com) |
Atacante rápido e de dribles curtos, o baixinho de 1,69m chamou a atenção de clubes brasileiros ao lado de nomes como Iarley e Robgol no Papão da Curuzu. As exibições impressionantes, por sua vez, não foram repetidas no Sudeste, onde, depois de dois anos no São Paulo, ainda defendeu a Ponte Preta em uma jornada que incluiu todas as divisões do Brasileirão em um curto alfabeto de A a D sem muito sucesso. Aos 33 anos, o Risadinha, como é chamado em Santarém, não desiste de, enfim, vingar em um grande clube. E, apesar de uma eliminação precoce na primeira fase da quarta divisão ser a realidade atual, vende seu peixe e manda o recado ao mercado:
- Queria falar que estou aí, à disposição de qualquer clube. Estou bem, e tenho certeza de que tenho condição de voltar a um grande clube.
Da passagem de dois anos pelo Morumbi, Vélber guarda boas recordações e uma frustração: a dificuldade para se manter em forma. Titular assim que chegou ao Tricolor paulista, em 2004, o jogador acumulou lesões e se tornou mero figurante no ano seguinte, com pouca participação no título paulista e ausência nas campanhas que garantiram a Libertadores e o Mundial de Clubes.
O fracasso no São Paulo nunca foi bem digerido por Vélber, que rodou por Fortaleza, Ponte Preta, América (SP) e Itumbiara (GO) antes de voltar praticamente para a estaca zero em seu estado natal. Ídolo no Paysandu, se transferiu para o Remo, onde, apesar de conseguir pequeno destaque, foi rebaixado para a Série C em 2007.
O retorno ao Pará só foi quebrado por uma rápida passagem pelo América de Natal, no ano passado. As idas e vindas entre Remo e Paysandu, porém, terminaram no início de 2011, com o convite do São Raimundo. O panorama bem contrastante com o encontrado nos tempos de São Paulo assusta, mas não faz Vélber lamentar o rumo da carreira.
Não posso reclamar. Tenho que agradecer ao São Raimundo pela oportunidade de jogar aqui. A vida continua.
Com o futuro em aberto por conta da eliminação do São Raimundo, o ex-são-paulino garante ainda ter “muita lenha para queimar” e avisa aos clubes do Sul e Sudeste que é como vinho e só evoluiu com o tempo.
Otimismo justificável para quem se cansou descendo a escada da bola, mas sabe bem que com um elevador pela frente basta que a porta se abra para tudo ficar mais fácil.
Por Cahê Mota Rio de Janeiro

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